sábado, 3 de agosto de 2024

Anais

 Anais do V Colóquio Nacional de Linguagem e Discurso


Os anais do V Colóquio Nacional de Linguagem e Discurso já estão disponíveis. 

Caderno de Resumos do V CONLID

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ANAIS DO IV Colóquio Nacional de Linguagem e Discurso

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Ressaltamos que só foram publicados os trabalhos dos autores que estavam em conformidade com as finanças do evento.



CADERNO DE RESUMOS IV CONLID

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Informamos que, a publicação dos anais com os trabalhos completos será realizada brevemente. Ressaltamos, ainda, que só serão publicados os trabalhos dos autores que estão em conformidade com as finanças do evento.


ANAIS DO III Colóquio Nacional de Linguagem e Discurso

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CADERNO DE RESUMOS III CONLID

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Anais do I Colóquio Nacional de Linguagem e Discurso 

Anais do II Colóquio Nacional de Linguagem e Discurso

quinta-feira, 20 de julho de 2023

APRESENTAÇÃO

I CIRCULAR

O Grupo de Estudos do Discurso da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte -  GEDUERN, em parceria com O Programa de Pós-graduação em Ciências da Linguagem - PPCL e a Faculdade de Letras e Artes – FALA, estará realizando o V CONLID – Colóquio Nacional de Linguagens e Discurso, no período de 08 a 10 de novembro de 2023.

O evento terá como tema Guerra Cultural, Discursos, Linguagens e Práticas de Liberdade, na tentativa de cartografar  nossa experiência recente  com um governo que inscreveu em nossa história política práticas de ataques aos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras, à educação e à ciência, às instituições democráticas, ao sistema de saúde; disseminou discursos xenofóbicos,  racistas,  investiu contra os direitos das mulheres, da comunidade LGBTQIAP+, negros e indígenas e instaurou a necropolítica no trato com a COVID-19, sendo responsável pela morte de  milhares de   pessoas. O V CONLID também se propõe descrever políticas de reconstrução do país, que garantam o resgate da democracia e do desenvolvimento nacional sustentável.

Mesmo vencido nas eleições de 2022, os discursos disseminados pelo governo anterior reverberam-se nas práticas de seus representantes e seguidores e instauram uma “Guerra Cultural” (HUNTER,1991) em solo brasileiro, materializada no confronto discursivo entre adeptos do reacionarismo e aqueles/as que defendem a democracia, as liberdades.

No cenário brasileiro podemos tomar o conceito ou esta prática para um diagnóstico do presente e desenvolver reflexões em torno de uma atitude de resistência aos efeitos sociais e políticos dessa guerra, atitude que exige a crítica como estratégia de transformação do pensamento. Foucault considera a atitude crítica como tarefa da filosofia na a intransigência do pensamento: “existe momentos na vida onde a questão de saber se se pode pensar diferentemente do que se pensa e perceber diferentemente do que se vê, é indispensável para continuar a olhar e a refletir”.  (FOUCAULT, História da sexualidade II). Momento em que o ser humano problematiza o que ele é, o mundo no qual ele vive e se produz diferentemente.

No contexto de Guerra Cultural, a resistência se efetiva contra uma visão essencialista que se porta contrária a qualquer prática divergente, considerando-a uma ameaça que deve ser eliminada.

Classificados por alguns como manifestações do neofascismo, os efeitos da Guerra Cultural se materializam em formas diversas que se inscrevem na “retórica” do ódio, nas políticas contra a vida, contra os direitos do outro, sejam eles relativos às liberdades, às políticas de assistência social, saúde e educação, moradia, dentre outras referentes ao exercício da cidadania.  Isso exige uma atitude de enfrentamento que coloca a necessidade de um trabalho ético-político que só se pode alcançar por meio da intransigência da liberdade. Essa luta é para o exercício de uma vida não fascista, contra o intolerável, a estupidez. FOUCAULT em seu texto Por uma vida não fascista nos convocava para “o banimento de todas as forma de fascismos, desde aquelas, colossais, que nos envolvem e nos esmagam, até as formas miúdas que fazem a amarga tirania de nossas vidas cotidianas”.

Nesse entendimento, considera-se que o cenário atual exige reflexões que possam descrever e interpretar “o que estamos fazendo de nós mesmos, como nos governamos e como queremos ser governados”. Compreende-se, por esse viés, que a reflexão, o pensamento, apontaria para “um multiplicador das formas dos domínios da ação política” com vistas a mostrar que a liberdade é vida ética de constituição de si e do mundo (SAMPAIO, 2011).

Por esta circular, pesquisadores(as) do discurso e da linguagem estão convidados a enriquecerem o debate em torno da temática proposta e seus desdobramentos em diferentes práticas discursivas. Que se lancem os trabalhos!